domingo, agosto 26, 2007

Historinha...

Essa a Vanessa escreveu em março, para o seu blog. Idade, na época: quase 8.

- O RATO, O GATO E O CACHORRO -

Era uma vez um rato. O rato tinha medo do gato.
E o gato tinha medo do cachorro.
Um dia, o rato teve uma idéia. A de ficar amigo do cachorro.
E assim...
Nunca mais o rato teve medo do gato.

FIM

quinta-feira, agosto 23, 2007

GANSOS...

- Então, Ju... quando a gente era criança, o seu tio também era arteiro igual à Vanessa...
- É, mãe???...
- Sim... ele tinha mania de pegar um dos gansos pela asa, sabe... Acontece que uma vez, em uma das ninhadas, nasceu um filhote que tinha defeito na pata, e aí os outros gansos o expulsaram do grupo.
- Nossa, mãe... que HORRÍVEL!!!
- Pois é... só que aí um dos irmãos resolveu proteger o gansinho doente. Ele também se afastou do bando, e ficou com o outro enquanto ele esteve vivo...
- AAAAH, BOM!!! Ainda bem que pelo menos um dos gansos dessa família teve O BOM SENSO DE AJUDAR, né?!???

... E o pior é que depois a Juliana ainda não entende por que eu caio na gargalhada e não consigo terminar a história que eu estava contando...

quarta-feira, agosto 22, 2007

O BAILARINO

Essa aconteceu no início de agosto. Para quem não sabe ainda, há quatro anos a nossa família se reúne para cantar. Temos um grupinho intitulado Família Jacaré, que é composto pelas pessoas que aparecem ilustradas lá na lateral do blog: Maridão, eu, as meninas e os meus pais. Infelizmente não temos como levar o cachorro em nossas apresentações, mas nos ensaios ele é bem ativo, adora principalmente fazer a sacola do violão de cama, e outras coisinhas assim. Mas outro dia volto ao Ed, porque a história que eu quero contar é outra.
Há três sábados, no dia 4 de agosto, fizemos uma apresentação dentro de um evento chamado Mosaico Br, que é uma mostra de artes em geral: música, dança, teatro, pintura, fotografia, etc. Foi num espaço muito bacana lá no prédio da Caixa Econômica, no centro, e fomos os penúltimos a subir no palco. Ou melhor, fomos os últimos a subir, porque depois da gente vinha uma companhia de balé, e como eles precisavam de todo o espaço livre, o palco foi desmontado e colocado bem do nosso lado. E, como havia alguns momentos em que o pessoal precisava usar alguns acessórios ou trocar de roupa, adivinhem onde eles deixavam toda a tralha??? Pois é... bem ali no ex-palco que ficava na nossa frente, já que estávamos sentados bem no cantinho. E, de todo mundo, eu era a que estava mais no canto, então volta e meia ficava sem enxergar o que estava acontecendo, porque os bailarinos, em fila para entrar na apresentação, ficavam bem na minha frente... Mas tudo bem, não é??? Tudo em nome do espetáculo...
Pois bem... entre os bailarinos, havia um que entrou com uns troços meio africanos (conforme tentei reproduzir no desenho aí no início do post) (*). Ele tinha uma peruca de palha e uma calça colorida, largona, que era colocada por cima de uma outra calça branca, que era da cor da roupa do resto da companhia. E, em determinado momento, ele se trocava. Enfim, como eu disse antes, o "camarote" era bem na minha frente, e o bailarino parou lá, de costas para mim, pra se trocar. Tirou a peruca, baixou a calça de cima para ficar só com a branca, mas ele na hora pegou meio errado e, ao invés de baixar uma calça só... bem, baixou as duas, e de repente eu estava olhando para a bunda do rapaz a uns 50 cm da minha cara. E, o que é o pior... maridão viu toda a cena e, enquanto eu ainda estava vermelha, me disse, em meio a risadas:
- Bem, poderia ser pior... ele podia ter baixado a cueca também...

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(*) UPDATE: o bailarino estava vestido de Obaluaê, conforme me foi gentilmente explicado na sessão de comentários pela Yvonne. Obrigada, querida!!!

segunda-feira, agosto 20, 2007

O DIPLOSCÓPIO

Sim!!! Finalmente chegou o dia que você estava esperando!!! Instrumento de tortura??? Dispositivo para visão binocular??? Bem, na verdade quem respondeu uma das duas opções acertou. (a Claudinha disse que era um conjunto de lentes. Também estaria certo, mas como o meu post vai falar sobre outra coisa, então essa opção está descartada. Desculpa, Clau!). Então, vamos lá...
DIPLOSCÓPIO - Aparelho usado para o controle da fusão das imagens na visão binocular. Também apelidado de DOG, ele é usado para tratamento de estrabismo (vesguice) e vista cansada. Como se pode ver na figura 1, há duas placas em cima de uma haste, sendo que há uns furos na primeira. Aí você é obrigado a apoiar esse troço no nariz, conforme a figura 2 aqui ao lado e ficar olhando através desses furos, até o momento em que passa a ver três furos no lugar de dois, e a palavra DOG através deles, conforme a figura 3. Daí o porquê da opção "instrumento de tortura" também ser válida: além de você ficar zuretinha depois de um tempo (veja figura 4), ainda há o mico de ficar na frente de todo mundo segurando esse aparelho no nariz por uns dez minutos.
Bom... mas você esperou desde a semana passada para saber sobre o que eu estava falando. (Bem feito, quem mandou não imitar a Ciça e ir procurar lá no Google?) E agora está pensando com os seus botões: mas afinal por que cargas d'água essa doida está falando sobre um diploscópio??? E a doida aqui explica. É que aqui que começa a historinha de hoje e, se você já chegou até aqui, tenha um pouco mais de paciência e leia o resto, ok???

A minha mãe, antes de se juntar nos caminhos contábeis com o meu pai era uma ortoptista. Uma-o-quê??? OR-TOP-TIS-TA. Alguém que trabalha em uma clínica de olhos. Que, por sua vez, é um lugar onde você vai fazer exercício para os olhos, para vista cansada ou estrabismo. Eu adorava ir pra lá nas férias, porque havia todo o tipo de gente para se conhecer, conversar, e na época das aulas, a mamãe sempre vinha com as histórias da época do consultório. Como essa da cliente e o diploscópio. Bem, se uma pessoa segurando um DOG na posição correta já é estranho, imagine então alguém o segurando ao contrário. E a minha mãe entra na sala de exercícios e a mulher está com o aparelho na seguinte posição:
Após um pequeno momento onde a mamãe foi para a sala de espera e teve o inevitável ataque de riso (na frente de clientes que não entenderam nada do que estava acontecendo), ela finalmente se controlou e foi explicar à cliente meio desligada:
- Escuta... não é bem assim que se segura, sabe??? Você tem que virar ao contrário.
E a cliente, que era daquele tipo que faaaaaaaaala devagaaaaaaar:
- AAAAAHHH... por isso que eu não estava enxergaaaaando naaaaada... Saaaabe? Eu sou muuuuito distraííída... Outro dia eu disse pro meu marido: "Ô mariiiiiiido... eu acho que tô ficando ceeeega, eu não tô enxergando naaaaada." E ele me falou assim: "Ô mulheeeeeeer... deixa de ser buuuuurra... você não vê que está usando dois óculos???"

(sim, esse caso ficou famoso lá em casa...)

sábado, agosto 18, 2007

OS BARULHOS DA VIZINHA QUE NÃO GOSTA DE BARULHO...


Ontem a furadeira da reforma do apartamento daqui de baixo voltou a mil. Juro para vocês que cheguei a pensar em algumas hipóteses homicidas pra quando a minha vizinha voltar do hotel, sendo que a minha idéia mais agradável envolvia a dita furadeira e a cabeça dela. Sim, acho que a mulher foi para um hotel, porque pelo barulho que está lá embaixo há quase um mês, a conclusão que eu tiro é que ela resolveu transformar o dois dormitórios dela em um loft. E está derrubando as paredes com a dita cuja da tal furadeira. Juro.
Maaas... ainda sou uma mulher de paz e, afinal, não posso dar exemplos negativos às minhas filhas. Mesmo porque ser presa por vizinhicídio não é uma opção das mais agradáveis.
Não... Devo agir com classe. O negócio é partir para opções mais sutis, como gravar aqui no computador o barulho que fica no meu apartamento quando eles começam com a furação lá embaixo. E aí, das duas uma: ou coloco a gravação no ouvido dela da próxima vez que ligar por barulhos inexistentes aqui, ou penduro um aparelho perto da janela dela sempre que estiver em casa (entre nove e cinco da tarde, claro) e ligo o som da furadeira em volume máximo.

E aí? Vocês não acham que é uma boa????

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Sei que prometi que hoje falaria do diploscópio. Mas, devido a problemas com o blogspot, a pesquisa resolveu ficar igual a bêbado em final de noite, ou seja, toda hora caindo-não-caindo. Por essa razão, resolvi estendê-la por mais um ou dois dias, e vocês podem responder por aqui, mesmo. Seguem as alternativas:

ENQUETE DA SEMANA: o que é um diploscópio???
(a) Um instrumento de tortura medieval
(b) Um microscópio para se olhar diplomas
(c) Um aparelho para se tratar de vesguice
(d) Um dispositivo para se segurar um cópio
(e) Um não sei e tenho raiva de quem sabe
(f) Nenhuma das alternativas acima (Dê então a sua resposta criativa, ou nos comentários, ou aqui)

quinta-feira, agosto 16, 2007

LUCIANINHA - A AMANTE DOS BICHOS

Continuando o assunto tratado no último post (para quem ainda não leu e está com preguiça de procurar, é só clicar aqui)...
Não, eu não fiz canja do galo. Só o persegui. Muito. E até fiz amizade com outros de sua espécie, tive inclusive um galo chamado Fava. Não me perguntem o porquê do nome. Deve ser pela mesma razão que a minha filha tem um cavalo de pelúcia chamado Cléis. Coisas de criança. E ponto.
Na verdade, eu sempre fui fã de animais. Desde pequeninha. Tanto que uma vez a mamãe ouviu a minha vozinha lá da cozinha da casa do sítio, conversando toda animada:
- Aaaaaah... mas como "vochê" é "bunitinho"! Cê tá papando, é??? E a sua mamãe... não tá com "vochê"??? Ah, tá sozinho, é??? Cê quer ser meu amigo??? Ah, mas "vochê" é bem fofinho...
Claro que a minha mãe ficou encucada. Quem seria o amiguinho fofinho com quem eu conversava? Curiosa, ela foi até a cozinha, onde, em frente à porta aberta, eu falava calmamente com meu novo amigo que, parado a mais ou menos meio metro de mim, me olhava com cara de espanto. Era um touro enorme. Um touro que tinha ficado cego de um olho de tanto chifrar barranco. Que adorava atacar qualquer coisa que se movesse e fosse maior do que um besouro. Que uma vez havia perseguido a minha avó por todo o pomar e a fez passar o resto da tarde em cima de uma árvore. Sim. Essa doçura de touro me olhava, completamente surpreso, mas não mais do que a minha pobre mãe que, apavorada, me puxou para dentro e bateu a porta na cara dele, debaixo da minha gritaria de protesto.
Não tem jeito. Mãe sempre tem que ser assim meio estraga-prazeres. Mas pelo menos eu estou viva para contar essa história pra vocês...

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Atenção para a nova enquete do EEEPA. Você sabe o que é um diploscópio? Dê a sua opinião na coluna à direita e veja a resposta (no sábado) na próxima segunda-feira. Boa sorte!

terça-feira, agosto 14, 2007

- CASO VERÍDICO...

Férias de verão, 1974. Sítio dos meus avós. Ela apareceu logo de manhã, eu fiquei completamente encantada. Nós duas éramos bem pequenas. Eu, uma garotinha de três anos. Ela, uma minhoca.

Passamos o dia juntas: ela passeou na minha mão, foi balançada na rede, embalada por canções de ninar que eu sabia de cor e salteado. Onde eu estava, a minhoca ia junto... Por fim, ela se cansou um pouco e eu, solícita, resolvi colocá-la um pouco no chão, para descansar as perninhas, ou melhor, o corpinho. Grande erro!!! Estávamos ao lado de um galinheiro, e um galo, em velocidade supersônica, a engoliu...

TRAGÉDIA!!!! Entre lágrimas, saí correndo atrás dele, gritando: "VOCÊ COMEU MINHA AMIIIIIIIIGAAAAAAAAA!!!!"

E esse é o trágico fim do caso de hoje. Quanto ao galo, durante o resto de sua vida ele foi perseguido sempre que eu o via... ou seja, por mais uns doze, treze anos...

segunda-feira, agosto 13, 2007

REUNIÃO DE FAMÍLIA

Dia dos pais. Reunião no sítio do meu avô. A última geração, a dos bisnetos, é composta por quatro crianças e uma ex (a Juliana, que agora, com 12 anos, já entrou na fase de se reunir com as amigas na hora do intervalo para pentear o cabelo). No time das crianças, temos a Vanessa, com oito anos, e os filhos das minhas duas primas: os irmãos Isabella e Luca, de cinco e dois anos, e a caçulinha Marcela, de um. Fazia algum tempo que a Isabella não via as minhas filhas, então ficou assombrada quando descobriu que a Juliana agora tinha entrado para o time dos "grandes". E perguntou pra ela:

- JUUU... Você lembra quando você ainda era minha prima????

sexta-feira, agosto 10, 2007

MURPHY

Se você acha que um problema já está grande, fique contente: ele poderá ficar bem pior.

Se você não agüenta mais o barulho de martelação e furação de parede da reforma da vizinha doida do andar de baixo, não reclame. Você pode acordar no dia seguinte com o pessoal do prédio avisando que infelizmente vai precisar trocar também a coluna do SEU BANHEIRO, e assim, além de furação e martelação no andar de baixo, agora você vai ter que agüentar a marretagem na parede do SEU apartamento. E ainda dê graças a Deus que a coluna pode ser alcançada pelo banheiro de empregada.

Enfim, se você não agüenta mais a doida da maluca da sua vizinha de baixo e todas as amolações que ela traz, fique feliz, porque ainda pode ficar pior. De repente você pode receber uma circular avisando que houve reclamação quanto à produção de ruídos e que você deve ter mais atenção a este respeito, se não quiser levar multa.

Estou pensando seriamente em mandar uma carta à administradora perguntando o que eles entendem como "barulho excessivo depois das dez", entre eles: roncos meus, do maridão e das meninas, páginas virando quando leio à noite, se posso espirrar e se, enfim, alguém dar vassourada no seu chão à uma e quinze da manhã não se caracterizaria também como barulho passível de multa.

Devo dizer a todos que, apesar de ter avisado ao meu zelador da minha intenção de comprar os tamancos de holandesa, acabo de desistir do projeto. Porque devo confessar que, no momento, a tentação de dar com eles na cabeça da minha vizinha é maior do que a de só sapatear no chão do meu apartamento...

segunda-feira, agosto 06, 2007

- MOMENTO POÉTICO ...EEEPA!!! -

E eis que surge, entre papéis e diários antigos, essa bela poesia, de autoria por nós desconhecida:

TEMPO É TEMPO
TEMPO FÁCIL TEMPO
TEMPO UM TEMPO
TEMPO BOBO TEMPO
TEMPO PERDER TEMPO
TEMPO TEMPO TEMPO

- Leia a poesia primeiro na Horizontal. Depois, leia a Segunda coluna na Vertical. -

quarta-feira, agosto 01, 2007

VIZINHOS!!!

Pois é... a coisa aqui está preta.

Não sei se foi vingança da doida da minha vizinha, também conhecida como fantasma da Casca Vel. Mas há dois dias convivo com uma furadeira funcionando no apartamento abaixo do nosso. Das oito e meia da manhã às cinco da tarde. Ninguém merece!!!

(Só para esclarecer mais algumas coisas: tenho carpete nos quartos. Na sala é assoalho de taco, mas há calço nas cadeiras. E... sim, quando digo que estou dormindo, estou dormindo mesmo, ò gente de mente poluída... :-|||)


Mas voltando ao que eu contava antes: quase todo mundo aqui no meu prédio adora uma reforminha (o que, em geral, significa: derrubar o apartamento todo). É um tal de pá-pá-pá, blaaaaaaaam, bzzzzzzzzzzzzz que não é brincadeira. E quando você acha que o povo não tem mais nada pra mexer, aí ele vende o apartamento e o novo morador começa tudo de novo.

Agora... a coisa já foi pior. Quando nos mudamos, volta e meia acordávamos de madrugada com gente tentando entrar no nosso apartamento. Aí íamos olhar, apavorados, e não víamos ninguém. Uma vez até a Maria, que trabalhava conosco, veio me falar que achava que era alguma alma penada. Bom, na verdade não era alma penada, era só o japonês que morava no apartamento acima do nosso e volta e meia errava de andar e tentava abrir a nossa porta.
E, um dia, o meu marido estava falando no telefone, quando tocou a campainha. Ele atendeu e um casal de crianças japonesas passou por baixo do braço dele:
- PAPAI! Papaaaaaaaaai!!! Ei, cadê o meu pai???
- Olha... vocês erraram o apartamento, tentem no de cima!!! - falou o Vagner, uma das mãos segurando o sem fio contra a orelha e com a outra tentando virar os japonesinhos para a porta.

Enfim... são problemas de quem mora em prédio. Mas poderia ser pior: tenho uma amiga que mora em casa e é vizinha de seis chiuauas que latem sem parar 24 horas por dia...