domingo, fevereiro 24, 2008

FRASES DE JULIANA ATRAVÉS DOS TEMPOS...

...aos 3 anos:
- Na Páscoa a gente "compa" ovo pro "Coêio", né mamãe???
- Peraí, Juliana. Mas quem é que compra o ovo: a gente ou o coelho?
- A gente, ORA!!! "Coêio" não "compa" ovo!!! "Coêio" não tem mão, ele tem pata só pra pular!!!

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...aos 4 anos (em frente a um terreno baldio):

- Sabe, pai, aquela casa não teve muita sorte...
- Por quê?
- Porque ela acabou sendo destruída!!!

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...aos 5 anos, quando perguntaram se ela gostou das capas novas dos sofás da sala:

- Sim! O papai vestiu eles de FRONHA...

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...aos 6 anos, montando um quebra-cabeças no quarto com a amiguinha Bia, enquanto a Vanessinha, bebê, anda perto delas:

BEATRIZ: - Ju, a Vanessa não come as peças?
JULIANA: - Não, Bia, só se você falar que é biscoito!!!!

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...aos 7 anos:

- MÃÃÃÃE!!!!!! Ônibus Sanfona toca música???

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...aos 8 anos (após assistir a um documentário sobre tigres siberianos na TV):

- Mãe, o tigre branco é aquele que não ficou laranja.

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...aos 9 anos:

- Mãe, hoje a gente fez desenho com carvão na aula de artes, sabe, mas a Catarina teve que trocar o carvão dela porque a gente achou que ia pegar fogo...

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...aos 10 anos:

Pessoas são bichos que falam, andam. Ia falar que eles pensam também, mas todo mundo pensa e na minha opinião as pessoas são meio burras porque a minha professora disse que o ser humano só usa 1/3 da capacidade do cérebro...

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...aos 11 anos:

"Os pardais usam a Natureza como banheiro. Já as pombas, preferem usar as nossas cabeças..."

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...aos 12 anos (me explicando porque chegou toda ofegante da escola):

- É que a gente TEVE que fugir, mãe!!!
- COMO, fugir??? De quem????
- Do Mateus da minha classe! É que ele ficou falando que o João Vítor queria ficar comigo.
- E você não quer saber disso, Ju?
- EU NÃO!!! Ainda tenho muito tempo pra pensar nessas coisas, mãe! E além disso, os meninos da minha classe são todos meio assim, sabe?
- Meio assim como?
- Ah... Assim... meio chatos!!!!

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Hoje a nossa Juliana está completando 13 anos. A bebezinha se transformou em moça. Companheira e piadista como todos da família. Infelizmente, o seu humor atualmente se tornou mais visual, e ainda não descobri uma forma de transformá-lo em posts... mas, enquanto não monto novas histórias sobre a nossa mais velha, deixo pra ela um grande beijo. TE AMO, QUERIDA!!!!!!!!!!

quinta-feira, fevereiro 21, 2008

VÓ AMÉLIA

O post de hoje é uma homenagem à minha avó paterna, que há um ano partiu daqui para ir perder as chaves de São Pedro lá em cima. Porque se há coisa que a Vó Amélia sempre teve mania foi de chave, ela andava com uma coleção pendurada na cintura, e outra maior ainda guardada na gaveta, tanto que brincávamos que ela tinha todas as chaves do portão do céu.

Vovó também era ecologista. E isso bem antes de se falar em ecologia. Ela sempre amou bichos e, quando se mudou para o sítio, no início da década de 70, proibiu a caça lá dentro. E ai se ela achasse alguma arapuca, virava uma fera!!! Quanto à pesca no lago, ela só era permitida fora da época de desova dos peixes e, ainda assim, com um limite de peixes. E isso se enquadrava também aos filhos, claro. Ou mais precisamente ao meu pai, que sempre dava um jeito de pescar mais de um peixe, na época permitida. E como a Vó Amélia sabia disso, sempre que via o papai pegar varas e anzóis, ela dava um jeito de ficar de olho nele, e ele por sua vez tinha que imaginar uma forma nova de burlar a vigilância. A regra era trazer somente um peixe para casa? Tudo bem!!! Ele levava um, e os outros ficavam escondidos em um balde com água, em algum canto obscuro. De madrugada, o balde era contrabandeado para cima da geladeira da cozinha, e ficava lá enquanto o meu pai limpava calmamente o seu peixinho. Lá pelas tantas, a minha avó aparecia:
- Foi esse o que você pescou, Zé?
- Claro, mãe, claro...
- Não pegou mais nenhum???
- EEEEEEEU??? - (cara de anjinho barroco) - Claro que não, mãe, só posso pescar um!!!!
- Hmmmm... isso mesmo... ué, você não está ouvindo um barulho, Zé???
- Barulho????? EU NÃO!!!!
- Como não??? Parece que vem do lado da geladeira, é um barulho de coisa batendo e... - (um dos peixes do balde estrategicamente escondido em cima da geladeira, após se debater MUITO, conseguiu virar o balde com água e tudo, caindo, claro, no pé da minha avó) - ...O QUE QUE É ISSO, ZÉ?????? SEU BANDIIIIIIIDO!!!!!! O que esse peixe estava fazendo em cima da geladeira?
- Não sei, mãe... será que ele foi nadando???

...E nunca mais que o meu pai conseguiu pescar mais de um peixe. Dona Amélia, fiscal oficial do Sítio Três Marias, sempre estava de olho. Tanto perto do lago, como na geladeira!!!

quinta-feira, fevereiro 14, 2008

LUCIANA E OS ESPORTES...

Sabem aquela pessoa completamente descoordenada para qualquer tipo de esporte, incluindo bolinha de gude, peteca ou uma simples corrida? Aquele ser que não consegue conceber como alguém consegue acertar uma bolinha em uma mesa com uma raquetinha e ainda jogar contra uma outra? Aquele ser que pra conseguir jogar uma bola pra frente em uma roda de vôlei precisa virar de costas? Pois é. Era eu. Diria que, como esportista, eu sempre fui uma ótima desenhista. Não sei correr. Não sei andar de patins. Não sei andar de bicicleta. Não sei pular corda. E não foi por falta de tentativa, para alegria e divertimento de amigos e familiares. Até hoje me lembram da cena famosa de eu tentando me equilibrar em cima de oito rodinhas de patins em um parque e berrando:

- Onde que fica o freio desse troooooooooooooooçoooooooooooooooooooo.... (cataploft)

O meu oposto em relação aos esportes sempre foi a minha prima Maria Paula, 19 dias mais velha que eu, que sempre teve jeito para tudo e nunca se conformou de eu não ter jeito pra nada. E foi assim que um belo dia, lá pelos nossos 14 anos, ela cismou de me ensinar a andar de motocicleta:
- Vamos, Lu!!! É facinho!!! Eu vou sentada na garupa da moto e você me leva!
- Hmmmm.... mas você tem certeza, Má???
- Claaaaaaaro! ATÉ VOCÊ consegue.
- Bom, se é assim... mas você sabe que eu...
- LU!!! Vamos!!! É fácil!!! Eu vou sentada na garupa! Vamos, segure o acelerador.
- Onde que é o acelerador?
- É aí onde você está pondo a mão.... não.... nããããããão.... NÃÃÃÃÃOOOOOOOO!!!!
Bom, foi nesse momento que, após andar meio centímetro eu virei a moto (que era daquelas pequeninas, ainda bem) e, num lance de uma completa inteligência, ainda tentei segurar todo o peso com o pé. Derrubei motocicleta e Maria Paula em cima do meu pé. Minha prima só então lembrou-se do detalhe de que, para se aprender a andar numa motocicleta é preciso antes saber se equilibrar em cima de uma bicicleta. Mas até que foi bacana, porque nas três semanas seguintes, quando vinham perguntar na escola por que eu estava com o pé engessado, eu fazia cara de importante e só respondia:

- Acidente de moto...

terça-feira, fevereiro 05, 2008

VANESSA, A SOLÍCITA

CENA: esta que vos escreve está sentada à mesa do computador. Vanessinha se aproxima, toda sorrisos:

- Mãe, você quer alguma coisa?
- Agora não, Nê, obrigada.
- Mas você tem CERTEZA?
- Bom, acho que eu tenho, né?
- Mas certeza MEEEEESMO?
- Bom, certeza eu tinha, mas se você faz questão... não quer pegar um copo de água pra mim?
- Claro!!!! - ela vai aos pulos pra cozinha e me volta trazendo a água (graças a Deus dessa vez não aos pulos) - MÃE!!! Se você quiser mais alguma coisa você me avisa???
- Aviso, Vanessa. Mas por que você quer tanto me servir, virou gênio da lâmpada?
- Não, mãe, é que eu estou de chinelo verde.
- Hmmmm?????????????????
- SIM, MÃE!!! Acontece que eu decidi que cada cor de sandália que eu uso aqui no sítio me deixa com um temperamento diferente, sabe? Então... com o verde eu fico elétrica e gosto de ajudar, com o branco eu fico alegre, com o bege eu fico séria e com o da Hello Kitty eu gosto de ler...

Eu JURO que há horas em que eu me pergunto se essa minha filha caçula existe...

segunda-feira, fevereiro 04, 2008

LINDA E ANTIGA CENA FAMILIAR (repost)

Essa história se passou há quase 60 anos. Já foi contada e recontada e se tornou um clássico em nossa família. Repasso para vocês...

Entre a casa do avô de Zé Francisco e a vizinha, onde morava o primo, Zé Carlos, havia um muro alto. A diversão dos meninos era se colocarem cada um de um lado do muro, para jogar bola. Ficavam assim a tarde inteira.

- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos. E o Zé Francisco jogava a bola.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco. E o Zé Carlos cabeceava a a bola.
- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos. E o Zé Francisco jogava a bola.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco. E o Zé Carlos cabeceava a a bola.
- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos. E o Zé Francisco jogava a bola.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco. E o Zé Carlos cabeceava a a bola.
- Joga a bola!!!- gritava Zé Carlos.
- Cabeceia!!!- gritava o Zé Francisco enquanto devolvia um tijolo no lugar da bola.

E por essa razão Zé Carlos tem até hoje a cicatriz no meio da testa e sempre faz questão de lembrar ao primo Zé Francisco, que por acaso é o meu pai, que não se lembra mas com certeza deve ter ficado num belo de um castigo...